quarta-feira, 29 de março de 2023

Raul Seixas - Metamorfose Ambulante ,Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer - Autor Sylvio Passos Editora B&A - 256 páginas

 O autor desse livro sobre Raul Seixas, Sylvio Passos, escreve já nas primeiras páginas de apresentação, de que queria fazer algo a mais pelo legado de Raul e afirmava que a verdadeira obra de Raul ainda não havia sido contada e que as pessoas que propuseram a fazer não foram fundos o suficiente para desvendar os pensamentos, o que o motivava, suas crenças de fato suas posições sociais e políticas, sua família suas alegrias e suas frustações, enfim, mergulhar na vida e história de Raul que não vieram ao grande publico e descortina-la de vez.


Raul deixou dicas, pois guardava tudo o que produzia. Essa produção está comigo. RAUL SEIXAS - METAMORFOSE AMBULANTE VIDA, ALGUMA COISA ACONTECE.MORTE, ALGUMA COISA PODE ACONTECER pag.07

O autor Sylvio Passos era amigo pessoal de Raul e abre tudo sobre Raul nesse livro sensacional e essencial para se conhecer Raul, o artista e além do artista. Livro de 256 páginas e de fácil leitura devido a forma como escrito e montado, sem rodeios e mira direto e reto no que se propõe os segredos e vida mais do que intima do maluco beleza.

O fã conhece apenas a ponta do iceberg - Sylvio Passos
Nesse livro você descobrira o envolvimento de Raul com a filosofia, principalmente com o alemão Arthur Schopenhauer e as influencias em suas musicas mais famosas como o ocultista Aleister Crowley,Paulo Coelho,Marcelo Nova entre outros tantos malucos por ai.

Então bora para a resenha e algumas curiosidades desse imperdível livro sobre o Rauzito.

TOCA RAUL!!!

O livro "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" de Sylvio Passos é uma biografia não autorizada sobre a vida do cantor e compositor Raul Seixas, uma das maiores personalidades do rock brasileiro.

O autor retrata a trajetória de Raul Seixas desde a infância em Salvador, passando pelos anos de adolescência e a formação da primeira banda, até o sucesso nacional na década de 1970 e sua morte prematura em 1989.

A obra aborda aspectos da vida pessoal e profissional de Raul, como sua relação com as drogas, o alcoolismo, a família, os amigos e a carreira musical

A obra traz também detalhes sobre a personalidade de Raul, suas ideias, sua espiritualidade e sua relação com a sociedade e com a música brasileira. O livro é composto por depoimentos de pessoas próximas a Raul, como familiares, amigos e parceiros musicais, além de trechos de entrevistas e artigos escritos pelo próprio músico.

Além disso, o livro apresenta detalhes sobre a produção musical de Raul, incluindo histórias por trás de algumas de suas músicas mais famosas, como "Ouro de Tolo", "Metamorfose Ambulante" e "Maluco Beleza". A obra também discute os altos e baixos da carreira de Raul, suas parcerias musicais influencias que são muitas.

Como tal, o livro apresenta uma série de personalidades e pessoas  ligadas à vida e obra de Raul Seixas, incluindo:

Paulo Coelho: escritor brasileiro e parceiro de composição de Raul Seixas em algumas de suas músicas mais famosas, como "Gita" e "Al Capone".

Na página 130, há uma citação de Raul Seixas sobre Paulo Coelho: "O Paulo é um grande amigo meu, e foi ele quem me ensinou a usar o I Ching. Ele é um dos poucos que sabe fazer a coisa direito."

Na página 165
, o autor descreve como Paulo Coelho ajudou Raul Seixas a encontrar uma editora para publicar seu livro "O Carimbador Maluco": "Paulo Coelho, que havia publicado seu próprio livro 'O Manual Prático do Vampirismo', sugeriu que Raul procurasse sua editora, a Brasiliense."

Na página 180, é mencionado que Raul Seixas e Paulo Coelho se encontraram novamente em 1984, após anos de separação: "No final do ano, Raul reencontrou Paulo Coelho, que estava em São Paulo para uma temporada de palestras. Os dois se abraçaram, conversaram sobre o passado e trocaram presentes."

Na página 233, o autor conta que Paulo Coelho ajudou Raul Seixas a escrever uma canção: "Paulo Coelho sugeriu que Raul escrevesse uma canção sobre o 'caos', e deu a ele algumas ideias para a letra. O resultado foi a música 'Carpinteiro do Universo'."
Raul Seixas e Paulo Coelho
Esses são apenas alguns exemplos de como Paulo Coelho é mencionado no livro de Sylvio Passos sobre Raul Seixas. Há muitas outras referências ao longo do livro, que podem ser interessantes para quem quer saber mais sobre a relação entre esses dois artistas brasileiros.

Marcelo Nova: cantor e compositor brasileiro, amigo próximo e colaborador de Raul Seixas em vários projetos musicais.

Marcelo Nova e Raul Seixas

Jerry Adriani: cantor brasileiro que gravou várias músicas de Raul Seixas e o ajudou a alcançar a fama nos anos 70.


Jerry Adriani e Raul Seixas


Kika Seixas: segunda esposa de Raul Seixas e mãe de seu filho, Sergio.

Raul Seixas e Kika Seixas



Cláudio Roberto: poeta e parceiro de composição de Raul Seixas em várias músicas, incluindo "Sociedade Alternativa".


Raul Seixas e Claudio Roberto


Aleister Crowley: Raul Seixas era um grande admirador do ocultista britânico Aleister Crowley, e algumas referências a ele são feitas no livro "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" de Sylvio Passos. A seguir, descrevo alguns trechos do livro em que Crowley é mencionado:

Na página 73, o livro relata como Raul Seixas ficou fascinado por Aleister Crowley depois de ler um livro sobre ele. O livro descreve como Raul começou a estudar as obras de Crowley e a incorporar alguns de seus ensinamentos em sua música e em sua vida pessoal.

 Na página 78, o livro menciona como Raul Seixas via Aleister Crowley como uma figura revolucionária que se opunha aos valores conservadores da sociedade. O livro descreve como Raul achava que Crowley tinha algo a ensinar para a juventude da época, que buscava novas formas de pensar e agir.

Na página 82, o livro fala sobre como Raul Seixas compôs a música "Sociedade Alternativa" baseado nas ideias de Aleister Crowley e de outros pensadores que pregavam a libertação dos padrões sociais. O livro cita um trecho da letra da música que faz referência direta a Crowley: "Só não se esqueça, quem não pode com mandamentos, deve se matar de vez, adeus Crowley, eu vou prá Javé".

Na página 88, o livro descreve como Raul Seixas via Aleister Crowley como uma figura controversa, que despertava tanto admiração quanto repulsa em muitas pessoas. O livro cita uma frase de Raul em que ele dizia: "Eu não sigo Crowley como um fanático. Eu não sou Crowley. Sou eu mesmo, e isso é muito difícil".

Na página 176, o livro fala sobre como Raul Seixas usava alguns símbolos associados a Aleister Crowley em sua música e em sua iconografia pessoal. O livro menciona, por exemplo, o "olho que tudo vê", que aparece na capa do álbum "Gita" e que é um dos símbolos mais conhecidos da filosofia de Crowley.

Aleister Crowley

É importante lembrar que esses são apenas alguns exemplos de trechos do livro que mencionam Aleister Crowley. O livro de Sylvio Passos é uma biografia detalhada de Raul Seixas, e outros trechos podem ser encontrados ao longo de suas páginas.

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 Arthur Schopennhauer

Arthur Schopenhauer é um filósofo alemão que influenciou o pensamento de Raul Seixas, e algumas referências a ele são feitas no livro "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" de Sylvio Passos. A seguir, descrevo alguns trechos do livro em que Schopenhauer é mencionado:

Na página 56, o livro relata como Raul Seixas ficou fascinado pela filosofia de Arthur Schopenhauer depois de ler seu livro "O Mundo como Vontade e Representação". O livro descreve como Raul começou a incorporar as ideias de Schopenhauer em sua música e em sua vida pessoal, e como isso se refletiu em sua postura crítica em relação à sociedade.

Na página 61, o livro menciona como Raul Seixas via Schopenhauer como um filósofo que enxergava a vida de forma pessimista, mas que ao mesmo tempo propunha uma forma de superação dessa visão negativa. O livro descreve como Raul achava que Schopenhauer tinha algo a ensinar para a juventude da época, que buscava novas formas de pensar e agir.

Na página 79, o livro fala sobre como Raul Seixas compôs a música "Eu sou egoísta" baseado nas ideias de Schopenhauer sobre a vontade de viver e sobre a necessidade de cada indivíduo colocar seus interesses acima dos interesses coletivos. O livro cita um trecho da letra da música que faz referência direta a Schopenhauer: "Eu sou egoísta, eu sou mal, eu sou a mosca na sopa do seu mingau, eu sou o mundo, sou o sol, sou o mar, sou o céu, eu sou o ar, como dizia o Schopenhauer".

Na página 88, o livro descreve como Raul Seixas via Schopenhauer como um filósofo que tinha uma visão clara sobre a natureza humana e sobre as forças que movem o mundo. O livro cita uma frase de Raul em que ele dizia: "Schopenhauer era um cara muito realista. Ele falava da vida como ela é, sem rodeios".

Na página 163, o livro fala sobre como Raul Seixas usava algumas frases de Schopenhauer em suas músicas e em sua iconografia pessoal. O livro menciona, por exemplo, a frase "A música é a linguagem universal da humanidade", que é atribuída a Schopenhauer e que Raul usou em algumas de suas apresentações ao vivo.

Arthur Schopenhauer

Cabe ressaltar que esses são apenas alguns exemplos de trechos do livro que mencionam Arthur Schopenhauer. O livro de Sylvio Passos é uma biografia detalhada de Raul Seixas, e outros trechos podem ser encontrados ao longo de suas páginas.

Em resumo, "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" é uma leitura indispensável para os fãs de Raul Seixas e para aqueles interessados em conhecer mais sobre a cultura e a música brasileira da década de 1970.

E continuamos pedindo ...TOCA RAUL


Sobre o autor:

Sylvio Passos é um escritor, jornalista e pesquisador brasileiro, conhecido por seu trabalho como biógrafo de Raul Seixas, um dos maiores ícones da música brasileira.

Sylvio Passos nasceu em Salvador, Bahia, em 1961. Desde jovem, ele era um grande fã de Raul Seixas, e passou a dedicar sua vida a estudar e pesquisar sobre a obra e a vida do cantor e compositor.

Em 1989, Passos publicou seu primeiro livro sobre Raul Seixas, intitulado "O Trem das Sete: A Vida de Raul Seixas". O livro foi um grande sucesso e se tornou uma referência para fãs e estudiosos da obra de Raul Seixas.

Desde então, Sylvio Passos escreveu outras obras sobre Raul Seixas, incluindo "Não diga que a canção está perdida: Raul Seixas, o trovador solitário" (2003) e "Raul Seixas: Por trás das canções" (2014). Ele também escreveu sobre outros ícones da música brasileira, como Gilberto Gil e Tim Maia.

Além de sua carreira como escritor e pesquisador, Sylvio Passos também trabalhou como jornalista em diversos veículos de comunicação, como a revista IstoÉ e o jornal O Globo.

Em resumo, Sylvio Passos é um dos principais estudiosos da obra e da vida de Raul Seixas, e suas obras são consideradas referências importantes para quem quer conhecer melhor a trajetória do cantor e compositor brasileiro.

Amigos Sylvio Passos e Raul Seixas





terça-feira, 28 de março de 2023

Vittorio o Vampiro - Autora Anne Rice - Editora Rocco - 208 páginas



Esse livro é para quem é fã dos vampiros de Anne Rice, como também quem ainda  nunca leu nada da autora, pois é um livro independente que não se liga com outros personagens de suas crônicas vampirescas.

Já li outros livros sobre vampiros de Anne Rice e esse é sensacional, um terror visceral em todos os sentidos o único defeito desse livro é que ele acabara tão rápido que você desejara por  mais sangue


"Vittorio, o Vampiro" é um romance gótico escrito pela autora americana Anne Rice, publicado em 1999.

 A história se passa na Itália renascentista e segue a vida de Vittorio di Raniari, um jovem aristocrata que se torna vampiro com apenas dezesseis anos de idade após uma terrível tragédia.

Vittorio cresceu em uma família rica e privilegiada em Florença, onde seu amor pela arte e beleza era sua maior paixão. No entanto, sua vida muda drasticamente quando ele testemunha a morte brutal de sua família nas mãos de vampiros sanguinários.

Determinado a vingar a morte de sua família, Vittorio se alia com um grupo de caçadores de vampiros e, em uma batalha sangrenta, consegue matar os vampiros responsáveis pela morte de seus entes queridos. No entanto, sua vitória é efêmera, pois a líder dos vampiros, conhecido como Ursula, se apaixona por Vittorio e o transforma em um deles.

Assim começa a jornada de Vittorio como um vampiro, tentando conciliar sua nova vida imortal com suas paixões e suas memórias do passado. Ele se vê dividido entre o amor de Ursula, sua sede de vingança e sua admiração pela beleza do mundo natural.

Com uma prosa lírica e detalhada da cidade de Florença que o leitor se pega sentido os odores do local assim como outros sentidos são aguçados  tamanha é a competência de Anne Rice na escrita desse livro.

Anne Rice cria um mundo vívido e atmosférico, cheio de emoções e conflitos que exploram a condição humana e a natureza do bem e do mal. "Vittorio, o Vampiro" é um livro fascinante que agrada tanto fãs de Anne Rice quanto leitores que buscam uma história de fantasia e suspense e um dos melhores de sua carreira.
 

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CURIOSIDADES:

Sobre o livro ''Vittorio o Vampiro''

Segundo entrevistas com a autora Anne Rice, "Vittorio, o Vampiro" foi inspirado em sua própria fascinação pela arte e pela cultura renascentista da Itália, bem como em seu amor pela literatura de terror gótico.

Rice passou um tempo na Itália, estudando a arte renascentista e visitando locais históricos, como a cidade de Florença, onde a história se passa. Ela também é conhecida por ser uma grande fã do escritor italiano Dante Alighieri, e é possível que sua obra literária tenha influenciado a escrita de "Vittorio, o Vampiro".

Representação artista de Dante Alighieri

Além disso, Rice tem um interesse duradouro em histórias sobre vampiros, e já escreveu várias obras sobre o tema. Seu trabalho é frequentemente associado com o estilo de terror gótico, que se caracteriza por uma atmosfera sombria, personagens complexos e uma ênfase em elementos como a morte, a decadência e o sobrenatural.

Dessa forma, é provável que a combinação de seus interesses em arte, cultura e literatura tenham sido os principais elementos que inspiraram a escrita de "Vittorio, o Vampiro".

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Sobre a autora:

Anne Rice é uma escritora americana nascida em Nova Orleans em 4 de outubro de 1941 e faleceu no dia 11 de dezembro de 2021. Ela é conhecida por seus livros de terror gótico e fantasia, incluindo a famosa série "Crônicas Vampirescas".

Anne Rice

Rice começou sua carreira escrevendo livros sobre questões religiosas e existenciais, mas foi com a publicação de "Entrevista com o Vampiro" em 1976 que ela se tornou uma autora famosa. O livro foi o primeiro da série "Crônicas Vampirescas", que incluiu vários outros títulos populares, como "O Vampiro Lestat", "A Rainha dos Condenados" , "A Hora das Bruxas" o polêmico e blasfemo ''Memnoch'' entre tantos outros.

Os livros de Rice são conhecidos por explorarem temas de sexualidade, espiritualidade e imortalidade, bem como por seus personagens complexos e sombrios. Muitos de seus personagens são vampiros, mas Rice também escreveu sobre outras criaturas sobrenaturais, como bruxas, lobisomens e fantasmas.

Livro Entrevista com o Vampiro


Livro O Vampiro Lestat


Livro A Rainha dos Condenados


Livro Memnoch


Livro  A Hora das Bruxas

Além de suas obras de ficção, Rice também escreveu livros de não-ficção, incluindo "Called Out of Darkness" e "Christ the Lord: Out of Egypt", que exploram questões religiosas e espirituais de uma perspectiva pessoal.

Livro Called out Darkeness

Livro Christ The Lord Out Of Egypt

Anne Rice é considerada uma das autoras mais influentes do gênero de terror gótico e suas obras inspiraram muitos outros autores e cineastas. 


Hans Staden: A Verdadeira História dos Selvagens Nus e Ferozes Devoradores de Homens - Autor Hans Staden - Editora Dantes - 190 páginas




"Hans Staden: A Verdadeira História dos Selvagens Nus e Ferozes Devoradores de Homens" é um relato autobiográfico escrito por Hans Staden, um aventureiro alemão do século XVI que viajou ao Brasil em duas ocasiões.

Esse livro é uma baita aula de historia sobre o inicio de nossa colonização e dos povos que aqui já viviam a séculos antes de qualquer cidadão do tal novo mundo pisotear por aqui, e bem lá no comecinho entre 1548 e 1550 haviam não apenas os saqueadores portugueses mais em tamanha proporção também franceses, holandeses e também alemães, mas todos já sabemos por quem no final das contas fomos colonizados ,o que ficará para discussão em outras resenhas de livros sobre a nossa colonização.

Hans Staden esteve no Brasil duas vezes, a primeira viagem ocorreu em 1548 como integrante de uma expedição da Companhia de Flandres. Ele desembarcou no litoral do que hoje é o estado do Espírito Santo e seguiu para São Vicente, em São Paulo, onde passou algum tempo antes de continuar sua jornada.

A segunda viagem de Staden ao Brasil ocorreu em 1550, quando ele foi contratado como artilheiro para uma expedição portuguesa. Nessa viagem, ele naufragou na costa de São Paulo e foi capturado pelos índios tupinambás, com quem viveu por nove meses.

Durante suas duas viagens ao Brasil, Staden visitou várias outras cidades e regiões,incluindo o Rio de Janeiro, a Ilha Grande, a Ilha de São Sebastião, Bertioga e a região do Rio Paraíba do Sul.


O livro relata suas experiências em terras brasileiras, incluindo seu naufrágio na costa de São Paulo, sua captura pelos índios tupinambás e sua convivência com eles por nove meses.  

Staden descreve em detalhes a cultura e o modo de vida dos índios, incluindo suas práticas religiosas, costumes e rituais. Ele também descreve a prática dos tupinambás de canibalismo, em que os índios devoravam seus inimigos como uma forma de vingança e de obter poder.

Durante sua estadia com os tupinambás, Staden viveu momentos de tensão e medo, temendo por sua própria vida. No entanto, ele conseguiu ganhar a confiança dos índios e se tornou um dos poucos europeus a sobreviver a uma experiência como essa.

Hans Staden descreveu vários aspectos da cultura e dos costumes dos índios tupinambás em seu relato.

Alguns dos principais costumes relatados por Staden incluem:

Canibalismo: Staden descreveu que os tupinambás praticavam o canibalismo como uma forma de vingança contra seus inimigos e de obter poder. Os índios acreditavam que, ao devorar a carne de um inimigo, adquiriam suas qualidades e poderes. Staden testemunhou várias ocasiões em que os tupinambás comeram a carne de seus inimigos.


Pintura baseado no relato de Hans Standen

Pintura baseado no relato de Hans Standen



Tatuagem: Staden observou que os tupinambás tinham o hábito de se tatuar. Eles usavam agulhas feitas de espinhos de peixe e tinta preta para desenhar padrões geométricos em seus corpos.

Pintura baseado no relato de Hans Standen

Religião: Os tupinambás acreditavam em vários deuses e espíritos. Eles faziam oferendas e rituais para agradar essas divindades, que eram responsáveis por controlar a natureza e proteger a tribo.

Pintura baseado no relato de Hans Standen


Alimentação: Os tupinambás eram principalmente caçadores e coletores. Eles caçavam animais como antas, veados e macacos, além de pescar e coletar frutas e raízes na floresta.

Pintura baseado no relato de Hans Standen


Sexualidade: Staden descreveu que os tupinambás tinham uma atitude bastante liberal em relação à sexualidade. As mulheres eram livres para escolher seus parceiros e podiam ter relações sexuais com vários homens. 

Guerra: Os tupinambás eram um povo guerreiro e lutavam contra outras tribos para capturar prisioneiros. Esses prisioneiros eram levados para as aldeias tupinambás, onde eram sacrificados e, muitas vezes, comidos. A guerra era uma forma importante de obter prestígio e poder dentro da tribo.

Pintura baseado no relato de Hans Standen

O livro é considerado um importante registro histórico do século XVI, fornecendo informações sobre a cultura e as práticas dos índios tupinambás, além de ser um dos primeiros relatos europeus sobre o Brasil. No entanto, a obra também é criticada por sua descrição etnocêntrica e exótica dos índios e por sua glorificação da superioridade cultural europeia sobre as culturas nativas.

CURIOSIDADES:

Hans Staden (c. 1525 - c. 1576) foi um aventureiro, mercenário e escritor alemão do século XVI. Ele é conhecido principalmente por seu relato autobiográfico intitulado "Wahrhaftige Historia und Beschreibung eyner Landtschafft der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser Leuthen, in der Newenwelt America gelegen" ("A verdadeira história e descrição de uma terra habitada por selvagens nus, ferozes devoradores de homens), localizada no Novo Mundo da América"), publicado pela primeira vez em 1557.

Staden nasceu em Homberg, na região de Hessen, na Alemanha, e trabalhou inicialmente como açougueiro e mercador. Em 1548, ele viajou para o Brasil como membro de uma expedição da Companhia de Flandres. Em 1550, ele retornou ao Brasil como artilheiro em uma expedição portuguesa. Durante essa segunda viagem, ele naufragou na costa de São Paulo e foi capturado pelos índios tupinambás, com quem viveu por nove meses antes de escapar e retornar para a Europa.

O relato de Staden sobre sua experiência entre os tupinambás é um dos primeiros registros escritos sobre a cultura e a sociedade dos índios brasileiros. No entanto, seu relato também é criticado por seu sensacionalismo e pela maneira como retrata os índios como selvagens e bárbaros. Além de sua obra sobre o Brasil, Staden escreveu outros relatos de suas viagens e aventuras, incluindo um relato de uma expedição à África em 1568.

SABIAM QUE AINDA HOJE OS INDIOS TUPINAMBÁ AINDA RESISTEME E EXISTEM?

Os Tupinambá de Olivença vivem na região de Mata Atlântica, no sul da Bahia. Sua área situa-se a 10 quilômetros ao norte da cidade de Ilhéus e se estende da costa marítima da vila de Olivença até a Serra das Trempes e a Serra do Padeiro.

A vila hoje conhecida como Olivença é o local onde, em 1680, foi fundado por missionários jesuítas um aldeamento indígena. Desde então, os Tupinambá residem no território que circunda a vila, nas proximidades do curso de vários rios, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica, Santaninha e Una. Tupinambá de Olivença - Povos Indígenas no Brasil (socioambiental.org)



Os indígenas Tupinambá tambem habitam a Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, em Santarém, no oeste do Pará Indígenas Tupinambá do Baixo Tapajós acumulam incertezas na pandemia - Amazônia Real (amazoniareal.com.br)

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segunda-feira, 27 de março de 2023

Este Mundo Tenebroso - Autor Frank E.Peretti - Editora Vida - 492 páginas

 


No inicio dos anos 2000,um conhecido que trabalhava comigo, não me recordo o seu nome mas recordo claramente que ele que havia indicado esse livro.

Esse conhecido de trabalho era evangélico e sabendo do meu gosto pela leitura, falou  que havia um livro ''cristão'' de terror, em que os humanos no campo mundano se gladiavam entre mentiras, invejas, bondades, orações entre outros e que esses duelos na terra entre a bondade e maldade humana deflagravam grandes batalhas no mundo espiritual ,e essa guerra invisível aos olhos humanos se dava entre anjos e demônios de todos os tipos e nesse mundo etéreo não havia espaço para diálogos entre esses seres e sim confrontos violentos com as mais diferentes armas com ganchos garras, escudos e espadas flamejantes.

Eu disse ''Isso pode ser muito interessante'' e comprei o livro no ano de 2002 e realmente, podemos considera-lo como um ''terror cristão'' tanto pela sua temática cristã quantos a descrição dos demônios em suas batalhas, esse  livro era ''Este Mundo Tenebroso'' do autor Frank E.Peretti


"Este Mundo Tenebroso" é um livro de suspense e ficção cristã escrito por Frank E. Peretti e publicado em 1986. A história se passa em uma pequena cidade chamada Ashton, onde estranhos acontecimentos começam a ocorrer.

A trama gira em torno de um jovem casal, Sally e Michael, que se mudam para Ashton em busca de uma vida tranquila e simples. No entanto, eles logo descobrem que a cidade é governada por forças malignas e sobrenaturais que têm como objetivo controlar e manipular a população.

Os personagens principais incluem Sally e Michael, bem como outros residentes da cidade, como o pastor Hank Busche, que lidera a luta contra as forças do mal, e o prefeito da cidade, que é um dos líderes da conspiração maligna.

À medida que a história se desenrola, Sally e Michael descobrem que a cidade está sendo controlada por demônios que estão determinados a destruir a fé e a esperança das pessoas. Com a ajuda de Hank e outros aliados, eles lutam contra as forças do mal e tentam expor a verdade por trás dos eventos estranhos em Ashton.

E as batalhas que os homens não enxergam são os pontos altos do livro, com descrições horrendas dos demônios denotando uma ameaça tão grande até para os anjos com suas armaduras e armas angelicais preparados para a guerra e pau come solto no mundo espiritual.

O autor sendo um cristão fervoroso na vida real acaba por vezes incomodando com o seu ponto de vista ''cristã'' do mundo real, sendo um pouco prepotente e pretencioso com sua visão de mundo e essa radicalização em relação ao que os ''cristãos' e ''evangélicos'' pensam me incomodam muito e não é de hoje ,sempre achei perigoso esses pontos de vistas com certa ignorância, vou  apontar  alguns pequenos pontos do livro que corrobora com meu ponto de vista.Em certos trechos do livro o autor deixa claro quando um mulher atraente e muito bonita joga um charme para um dos personagens masculinos, o demônio esta grudado nela e o anjo no homem com uma alusão direta a tentação da carne que apenas as mulheres tentam os homens, enquanto isso o demônio da mulher e o anjo do homem descem porrada um no outro no mundo espiritual.
Outro exemplo também ocorre, quando o protagonista com o seu anjo no meio da investigação, os levam ate uma lan house, que no livro se descreve como uma casa de fliperamas e jogos eletrônico ,onde os jovens se reúnem em grandes grupos para jogarem e se divertirem, e quando o protagonista entra seu anjo fica do lado de fora e não quer entrar, pois o local esta infestado de demônios das mais diversas espécies entendendo que para cada jovem dentro daquela casa de jogos havia um demônio seu particular. É uma muita pretensão do autor apontar quem tem demônios em sua volta e quem tem anjo, mas tive que me despir dessa pretensão babaca do autor para seguir em frente com a leitura.

Por falar em anjos e demônios ,alguns famosos são citados no livro, aqui estão alguns dos personagens mais notáveis:

Rafael: um anjo que desce à Terra para ajudar na luta contra as forças das trevas. Ele é descrito como um guerreiro corajoso e leal, disposto a sacrificar tudo para proteger os inocentes.

Bernardo: um anjo caído que se aliou aos demônios e agora luta do lado oposto de Rafael. Ele é descrito como um personagem astuto e manipulador, capaz de enganar os humanos para alcançar seus objetivos.

Tom Newman: um homem com habilidades sobrenaturais que o levam a se envolver na luta contra as forças das trevas. Ele é guiado por Rafael e usa suas habilidades para ajudar a proteger sua comunidade.

Lester: um demônio cruel que lidera a luta contra os humanos e os anjos. Ele é descrito como um ser implacável e sádico, que não tem piedade dos fracos.

Asmodeu: um demônio que possui um dos personagens humanos do livro, usando-o como um meio de se infiltrar na comunidade humana. Ele é descrito como um ser astuto e manipulador, que usa suas habilidades para enganar e confundir seus adversários.

Esses são apenas alguns dos personagens sobrenaturais presentes em "Este Mundo Tenebroso". Cada um deles tem suas próprias habilidades e personalidades únicas, o que torna a história ainda mais intrigante e imprevisível.



E retirando alguns tropeços de opinião do autor"Este Mundo Tenebroso" é uma obra literária fascinante que mergulha o leitor em um mundo sobrenatural repleto de mistérios e forças ocultas ,ele  apresenta uma experiência de leitura emocionante e envolvente, que leva o leitor a questionar o que realmente existe além do mundo que conhecemos.
Com uma narrativa empolgante e personagens cativantes, "Este Mundo Tenebroso" é uma leitura imperdível para quem ama o gênero sobrenatural e deseja se envolver em uma trama repleta de suspense e mistério. Prepare-se para mergulhar em um mundo sombrio e cheio de reviravoltas, onde nada é o que parece e o perigo espreita em cada esquina.

CURIOSIDADES:

Sobre o autor

Frank E. Peretti é um escritor cristão americano nascido em 1951 em Alberta, no Canadá. Ele é conhecido por seus romances de suspense e terror cristão, que muitas vezes apresentam elementos sobrenaturais e batalhas espirituais.

Frank E.Peretti


Peretti é autor de vários best-sellers, incluindo "Este Mundo Tenebroso", "O Pacto" , "O Profeta" e ''O Convite''. Seus livros frequentemente exploram temas relacionados à fé cristã, como o poder da oração, a luta contra o mal e a importância da crença em Deus.


Livro O Profeta
Livro O Pacto


Livro O Convite

Antes de se tornar um escritor em tempo integral, Peretti trabalhou como músico e professor. Ele estudou música na Universidade de Boise State e posteriormente ensinou em escolas públicas em Washington e Montana. Durante seu tempo como professor, Peretti começou a escrever histórias e músicas cristãs para jovens, e logo se tornou conhecido por sua habilidade em criar histórias cativantes com temas bíblicos.

Peretti também é conhecido por seu envolvimento na indústria cristã de entretenimento, tendo co-fundado a Christian Television Network   e trabalhado em vários projetos de filmes e música cristã.

Christian Television Network



Em resumo, Frank E. Peretti é um escritor cristão americano conhecido por seus romances de suspense e terror cristão, que frequentemente exploram temas relacionados à fé cristã.



quinta-feira, 23 de março de 2023

Os Maias-Autor Eça de Queiroz-Editora LPM-576 páginas

 


Descobri um dos melhores livros que li em minha vida no  ano de 2002, e ele oscila  entre os meus 5 livros favoritos da minha vida, estou me referindo ao livro português ''Os Maias'' do autor Eça de Queiroz, e resolvi dessa vez fazer o caminho contrario do que costume, assisti primeiro a espetacular minissérie de 2001,talvez a melhor e mais caprichada obra já filmada e produzida pela Rede Globo de televisão e apenas depois li o a obra de Eça de Queiroz. 

A historia trágica da família de Lisboa no fim do século XIX ,as atuações memoráveis, as caracterizações de época e a historia me impactou de tal forma que passado alguns meses atordoado ainda com que havia assistido comprei o livro.
E meus amigos leitores? Que livraço! Como mencionei um dos meus 5 melhores e preferidos livros que já li na vida,

Shake hands e vamos a resenha dessa obra prima da literetura portuguesa.

"Os Maias" é uma das obras-primas da literatura portuguesa, escrita por Eça de Queirós. A história se passa em Lisboa na segunda metade do século XIX e é centrada na família Maia, uma das mais ilustres e influentes da sociedade portuguesa.

A trama gira em torno do amor proibido entre Carlos da Maia, um médico idealista e romântico, e Maria Eduarda, uma bela cortesã parisiense. Carlos e Maria Eduarda são atraídos um pelo outro, uma paixão tão avassaladora que chega quase a perda d sentidos  quando Carlos e Maria Eduarda se encontram tamanha intensidade de sua paixões.

Maria Eduarda, de tão bela quanto Helena de troia, guarda em seu intimo um segredo no qual ate o pai de Carlos da Maia, o aristocrata Afonso da Maia,pode esta envolvido.

E por valores conservadores da sociedade da época Afonso proíbe seu filho com um futuro brilhante pela frente, de qualquer envolvimento com Maria Eduarda mas sem dizer o real motivo ao seu filho, angustiando ainda mais o jovem Carlos. 

Ao longo da narrativa, os leitores são apresentados a uma série de personagens fascinantes, como João da Ega, amigo de Carlos que é um crítico mordaz da sociedade portuguesa, Foi lendo ''Os Maias'' em 2001 que ouvi pela primeira vez o termo ''Balzaquina'' graças ao personagem João da Ega

O personagem João da Ega cita o escritor francês Honoré de Balzac em vários momentos ao longo do livro "Os Maias". Balzac é frequentemente citado como uma referência literária por Ega, que é um crítico literário e escritor em ascensão na sociedade portuguesa da época.

Honoré de Balzac

Uma das referências mais importantes ocorre quando Ega compara a sociedade portuguesa do século XIX com a sociedade francesa retratada por Balzac em sua obra "A Comédia Humana". Ega argumenta que, assim como a sociedade francesa descrita por Balzac, a sociedade portuguesa é marcada por hipocrisia, corrupção e falta de valores éticos.

Além disso, Ega faz referência a diversos personagens e obras de Balzac ao longo do livro, em conversas com outros personagens e em suas reflexões sobre a literatura. Ele se inspira na visão crítica e realista de Balzac para desenvolver suas próprias ideias sobre a sociedade e a arte literária.

João da Ega também é um amante apaixonado por mulheres ''Balzaquinas'' no livro as cita nominalmente com com grande fervor ao se referi-las. Eça de Queiroz retrata como um grupo de mulheres que poderiam ser consideradas "Balzaquianas". Esse termo se refere a mulheres que estão na faixa etária de 30 a 40 anos, época em que muitas mulheres começavam a questionar sua posição na sociedade e a buscar sua independência.

No romance, há duas personagens que se enquadram nessa categoria: Maria Monforte e Maria Eduarda. Maria Monforte é a mãe de Carlos da Maia, o protagonista masculino do livro. Ela é retratada como uma mulher misteriosa e sedutora que teve um passado escandaloso. Maria Monforte representa a mulher que desafia as convenções sociais e vive a vida de acordo com suas próprias regras.

Maria Eduarda é a personagem feminina principal do livro, e é descrita como uma cortesã parisiense de grande beleza e inteligência. Ela é uma mulher independente que segue seu próprio caminho na vida e não se curva aos padrões sociais. Sua relação com Carlos da Maia é marcada por paixão e intensidade, mas é vista com desaprovação pela sociedade conservadora em que vivem.

Tanto Maria Monforte quanto Maria Eduarda representam mulheres que desafiam as normas da sociedade patriarcal e buscam sua independência e liberdade. Eça de Queirós as retrata como personagens complexas e interessantes, com suas próprias motivações e desejos, em um retrato crítico e realista da sociedade portuguesa do século XIX

Em resumo, Balzac é uma influência literária importante para João da Ega e em toda a narrativa  do "Os Maias", sendo utilizado como uma referência para sua visão crítica da sociedade portuguesa e da literatura.

Além disso, a obra apresenta uma análise crítica da sociedade portuguesa do século XIX, destacando suas contradições, hipocrisias e decadência moral.

Em resumo, "Os Maias" é um romance complexo e envolvente que oferece uma reflexão profunda sobre a sociedade e a condição humana. A história de amor proibido entre Carlos e Maria Eduarda é apenas uma das muitas facetas dessa obra-prima da literatura.

Fica aqui uma dica, a escrita de Eça de Queiroz se trata de algo muito rebuscado, com linguajares cultos e descrições detalhadíssimas e belíssimas e de ritmo lento, então pode ocorrer de desagradar alguns leitores desavisados em querer um ritmo mais ágil durante a leitura, mas como tido anteriormente esse foi e um dos melhores livros que eu já li. Se você é um leitor iniciante ou acostumado com outros gêneros literários, recomendo assistir a minissérie antes se for de sua vontade.

E o segredo que a bela Maria Eduarda guarda? Esse, fica para o grand finale que é um soco no estômago e que será repetido por duas vezes ainda antes de acabar a historia. Para quem já leu ou assistiu a minissérie, sabe do que que se trata, para quem ainda não leu ou não assistiu a série apenas correndo atrás mesmo.


CURIOSIDADES:

O autor Eça de Queiroz

Eça de Queiroz foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XIX, nascido em 25 de novembro de 1845, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal, e falecido em 16 de agosto de 1900, em Paris, França.

Eça de Queiroz é considerado um dos principais representantes do Realismo em Portugal, um movimento literário que valorizava a descrição objetiva da realidade, a crítica social e a análise psicológica dos personagens. Seus romances retratam a vida da sociedade portuguesa da época, revelando suas contradições, hipocrisias e desigualdades sociais.

Eça de Queiroz

Dentre suas obras mais conhecidas, destacam-se "O Crime do Padre Amaro" (1875), "O Primo Basílio" (1878), "Os Maias" (1888) e "A Cidade e as Serras" (1901). Em suas obras, Eça de Queiroz explorou temas como o adultério, a religião, a corrupção política, a crise de valores e a decadência da aristocracia portuguesa.

livro O Crime do Padre Amaro

Livro O Primo Basílio

Livro A Cidade e as Serras

Além de escritor, Eça de Queiroz também atuou como diplomata, tendo trabalhado em várias embaixadas portuguesas na Europa. Seu estilo de escrita, marcado pela ironia, pelo humor e pela crítica social, influenciou muitos escritores portugueses e brasileiros, tornando-o um dos mais importantes escritores de língua portuguesa de todos os tempos.


Vocês sabiam?

O livro   ''A Comédia Humana'' de Honoré de Balzac que serviu de inspiração para os ''Os Maias '' contem 17 volumes contabilizando mais de 10.600 páginas e mais de 2.500 personagens e demorou 20 anos para ser inscrito.

A monumental obra A Comédia Humana de Honoré de Balzac


A MINISSÉRIE

A minissérie "Os Maias" é uma adaptação televisiva da obra literária homônima do escritor português Eça de Queiroz, produzida pela Rede Globo de televisão e exibida em 2001. 

A minissérie é narrada por ninguém menos que a lenda Raul Cortez. Conseguem imaginar o impacto que sua voz poderosa trás  as imagens?

Raul Cortez

A produção teve um orçamento de cerca de R$ 15 milhões, o que a tornou uma das produções mais caras da televisão brasileira na época.

Para criar uma atmosfera autêntica do final do século XIX, a equipe de produção construiu um cenário completo do Largo do Rato, em Lisboa, onde a história se passa.

Largo do Rato Lisboa


A trilha sonora da minissérie Os Maias contou com a gravação especial de uma peça sinfônica inédita, feita pelo maestro John Neschling como regente de uma orquestra de 90 integrantes.

Maestro John Neschling

A minissérie foi gravada em locações históricas de Portugal, incluindo o Palácio de Queluz, a Estação de São Bento e o Mosteiro dos Jerónimos, o Vale do Douro, ao norte do país, a estação de trem de Vargelas, a cidade de Sintra e a vila de Monção, quase na fronteira com a Espanha. A tradicional casa dos Maias, conhecida como o Ramalhete, teve como fachada um antigo casarão abandonado em Lisboa, de 1788, de propriedade particular.

No Rio de Janeiro, o Theatro Municipal, o Palácio do Catete, a antiga Casa da Moeda, no centro da cidade (locação do fictício cortiço da trama), Museu do Açude, a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói e o Museu da Cidade, todos com caracterização de época, serviram de locação para algumas cenas.

Alguns críticos literários e fãs da obra de Eça de Queiroz elogiaram a minissérie pela sua fidelidade à obra original, enquanto outros a criticaram por ter feito cortes significativos na história e por ter suavizado alguns dos aspectos mais sombrios do livro.

"Os Maias" foi indicada a diversos prêmios, incluindo o Emmy Internacional de Melhor Minissérie em 2002, mas não chegou a vencer em nenhuma categoria.

Além disso, a produção contou com um elenco de peso, incluindo Fábio Assunção no papel de Carlos da Maia e Ana Paula Arósio como Maria Eduarda.


Ana Paula Arósio(Maria Eduarda) e Fabio Assunção (Carlos da Maia)


Selton Melo
(João da Ega melhor amigo de Carlos da Maia)


Walmor Chagas
(Afonso da Maia  o patriarca pai de Pedro da Maia e avô de Carlos da Maia)

Leonardo Vieira (Pedro da Maia filho único de Afonso da Maia e pai de Carlos da maia)
Simone Spaladore( Maria Monforte na primeira fase e grande paixão de Pedro)


Stenio Garcia
( Manuel Monforte ,pai de Maria Monforte)


Paulo Betti
(Joaquim Alvarez de Castro Gomes ,marido de Maria Eduarda e antagonista de Carlos da Maia)


Isabelle Drummmond
(Rosa,filha de Maria Eduarda)


Otávio Muller
(Damaso Salcede,tem Carlos como ídolo e tentara imita-lo em tudo)

Ilya São Paulo
 (Vitorino Gruges,amigo de Carlos e frequenta o mesmo circulo social aristocrata de Lisboa)

Osmar Prado
 (Tomas de Alencar,poeta  era amigo de Pedro da Maia e mais tarde de Carlos por quem tem um carinho paternal)
Leonardo Medeiros
(Taveira, também frequenta o mesmo circulo de amizade de Carlos o mais fútil dos amigos de Carlos)

Eliane Giardini e Otavio Augusto
(Condessa e Conde de Gouvarinho)

Cécil Thiré
 (Jacob Cohen,amigo de Carlos, porem não frequenta a mesmo circulo de amizades de Carlos)

Maria Luisa Mendonça
( Raquel Cohen,esposa de Jacob Cohen e a grande paixão de João da Ega )


Rodrigo Penna (Artur Corvelo)


Felipe Martins
( Eusebiozinho, amigo de infância de Carlos da Maia)

Matheus Nachtergaele
(Teodorico ,orfão farrista, gosta de bebedeiras e todos os vícios )


Eva Wilma
(Maria da Cunha,amiga de Afonso da Maia e pode ter sido amante de Afonso quando jovens)

Sérgio Viotti
(Padre Vasquez,responsavel pela educçao de Pedro da Maia)

Ewerton de Castro
 ( Manuel Vilaça, procurador e administrador da família Maia)
 
Jose Lewgoi
( Abade Custódio, não se conforme com a educação inglesa do jovem Carlos e tanta a todo custo trazer ele e seu avô para as tradições cristãs portuguesas )


Antônio Calonni
(Palma Cavalão,Pertence à roda de amigos de Eusebiozinho e Teodorico. Apesar do aspecto bruto, ordinário e quase repulsivo




E muitos outros atores e atrizes...