Ah, Andrew Pyper! De novo, ou não?
Os Condenados -Andrew Pyper |
O final do O Demonologista não deixa dúvidas e a famigerada frase ''Ame ou odeie’’ ,logo permeia quem o leu.
Em Os Condenados, a historia é narrada em primeira pessoa pelo próprio personagem chamado Danny Orchard. O protagonista é uma autor americano semi-famoso (existe isso?) por ter escrito um livro intitulado O Depois. Nesse livro ele relata experiências que viveu quando passou para o outro lado e quando retornou trouxe consigo um relógio de sua falecida mãe que conseguiu transportar para a plano terreno.
Sua história se tornou sucesso e vive os ''louros'' de sua fama, seja com o seu livro ou com palestras relatando sua experiência do outro lado.
Fictícia Folclórica Pleidiana |
Confesso que na primeira parte do livro, vamos dizer que até a metade de suas 336 páginas o ritmo é bom e te prende na busca de Danny por respostas aqui no nosso mundo terreno. Você anseia por respostas junto com protagonista e vê sua angustia intensificar quanto mais ele se aprofunda no passado.
Mas não passarei mais panos quentes para o Sr .Pyper como tentei fazer ao resenhar O Demonologista, e a segunda metade adiante do livro Os Condenados se mostrou decepcionante para mim.
O que escreverei a partir daqui, não é spoiler ok?Mas mesmo assim fica o alerta para quem nao quiser se aprofundar mais na historia antes e tentarei ser o mais sutil para não estragar a experiência de quem for ler Os Condenados.
Evidente que o personagem, que já foi para o outro lado da vida, tentará novamente se utilizar de seus, digamos ''poderes'' para buscar respostas, e ai que o Mister Pyper escorrega feio na minha concepção.
Uma vez em uma ''mundo'' ou ''outra dimensão'' que não se emprega as mesmas regras do mundo terreno e carnal, Pyper se utiliza disso para as mais diversas narrativas gratuitas e recursos escapistas convenientes para o nosso protagonista Danny Orchard. Essas partes gratuitas me lembrou de IT Capitulo 02, das cenas desnecessárias como aquela da estátua do cortador de lenha da praça que ganha vida para atormentar um dos adultos protagonistas da história: cena besta desnecessária e que não agrega na trama.
E quando Pyper, tenta inserir um ser ou uma ameaça, no qual ele te prepara as expectativas para que seja um ser abissal e assustador, decepção novamente. Não entrarei em mais detalhes, mais digo que se esse livro um dia se transformar em uma obra cinematográfica dependendo da mão dos produtores será uma bomba e um show de horrores de CGI capenga. Foi exatamente essa descrição que Pyper fez eu ter na minha mente enquanto lia a sua descrição do ''ser'', de um CGI tosco de segunda categoria.Talvez seja mérito do autor, descrever tão bem o tal ''ser'' que consegui visualiza-lo dessa forma capenga.
Dessa vez, não gostei do final desse livro Os Condenados, o que me fez retirar a dúvida sobre o final do livro O Demonologista.
Atualizando o status:
O final de Os Condenados, odiei.
O final de O Demonologista, amei.
E agora, leio A Criatura outra obra de Pyper para tirar a prova dos três? Ou deixo para lá?
Abraços!
A Criatura |