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terça-feira, 30 de maio de 2023

Paraíso Perdido-Autor Jonh Milton- Editora Martin Claret - 513 páginas

 




Confesso, quando  comprei ''Paraiso Perdido'' de Jonh Milton não estava nem um pouco preparado para essa obra. Fiquei com medo daquela linguagem arcaica, rebuscada e  mesmo assim ainda linda e fascinante ao folhear e tentar desvenda-lo .Uma escrita em versos, como pequenos poemas me assustou, tais versos  quando lidos pareciam cantados .Leia uma pequeno trecho do livro sobre a queda do lúcifer no final dessa resenha para se ter uma pequena ideia de sua escrita.
Então porque comprei  ''Paraiso Perdido''? Bom, a história já havia me chamado a atenção, sabia que seria uma leitura difícil na época, mas quem é leitor sabe como funciona nosso impulsos literários e comprei.

Ao iniciar a leitura me senti limitado literalmente e intelectualmente e um pouco decepcionado, pois parecia que eu  não daria conta dessa leitura clássica, então o deixei de lado ao meio a outros livros na espera de serem lidos.

Se passaram então QUINZE anos de ''Paraíso Perdido'' estar engavetado e quando fui ler o livro "O Demonologista" de Andrew Pyper, livro elogiado quando foi lançado, que me recordei de ''Paraíso Perdido'', pois o personagem principal do livro "O Demonologista" era um estudioso em demonologia especialista no livro "Paraíso Perdido "de Jonh Milton . Finalizado "O Demonologista" fui rapidamente reiniciar  "O Paraiso Perdido"  de Jonh Milton depois de QUINZE anos.


Já nos primeiros versos e algumas páginas depois, percebi que estava pronto para esse clássico absoluto. Com o livro em uma mão e o dicionário on-line do celular na outra ele fluiu e sim, seus  versos  soam como as mais belas  canções, tão antigas quanto a própria civilização como se fosse escrito por anjos celestias, ou apenas um anjo( o mais sábio segundo Milton) cuja sabedoria foge de nossa compreensão. Sim, isso é  ''Paraíso Perdido'' de Jonh Milton, e se tornou um dos melhores livros que ja tive prazer de ler em toda minha vida

Observações iniciais feitas, bora para a resenha?

RESENHA DO ÉPICO

Uma batalha épica se desenrola nas páginas do magnífico épico literário conhecido como "Paraíso Perdido", uma obra-prima intelectual imortalizada pela mente genial de John Milton. Nesta narrativa envolvente, o autor nos conduz através dos abismos do paraíso perdido(inferno) , explorando os recantos da alma humana e os conflitos cósmicos que moldam o destino da humanidade.

Milton desvela diante de nós uma guerra celestial, onde os exércitos celestiais e infernais colidem em uma batalha transcendental, repleta de grandiosidade e poder. O autor mergulha profundamente na psicologia dos personagens, cativando-nos com suas motivações e questionamentos, enquanto eles se debatem entre a luz e as trevas, o bem e o mal.

No cerne desta trama épica está o angélico rebelde Lúcifer, um ser de beleza e magnificência inigualáveis, cujo orgulho e ambição o levam à queda. Sua queda do paraíso é retratada com uma eloquência ímpar, enquanto o leitor se vê arrebatado pelos dilemas morais e pelas profundas reflexões sobre a liberdade e a escolha.

E assim, o Paraíso Perdido se desdobra diante de nós, revelando um panorama vasto e assombroso. Milton nos guia pelas paisagens infernais do Pandemônio, onde demônios sedutores tramam suas teias enganosas e onde o próprio Satanás, embora caído, ainda exala uma aura carismática e arrebatadora.

Porém, em meio a essa escuridão, a luz da esperança brilha através dos protagonistas divinos, como o arcanjo Miguel, cuja força e coragem nos inspiram, e Adão e Eva, os primeiros seres humanos, que se veem diante de escolhas cruciais que moldarão o destino da humanidade.

A escrita de Milton é como uma sinfonia celestial, com palavras que dançam em harmonia, ressoando nos corações dos leitores. Sua prosa majestosa e repleta de imagens vívidas pinta um quadro épico, imortalizando cada página com a intensidade das emoções humanas, as lutas internas e as tramas complexas que se desenrolam nos bastidores divinos.

"Paraíso Perdido" é mais do que um mero livro; é uma jornada literária que nos transporta além dos limites da imaginação. É uma obra-prima que desafia as convenções, revela os segredos mais profundos do universo e nos deixa maravilhados com a vastidão da criação literária. Prepare-se para ser seduzido pelo poder da palavra e pela grandiosidade do épico, enquanto mergulha de cabeça neste tesouro da literatura universal.


CURIOSIDADES

Quem foi Jonh Milton o autor de Paraiso Perdido?

John Milton nasceu em 9 de dezembro de 1608, em Londres, Inglaterra. Ele foi o filho mais velho de John Milton Sr. e Sarah Jeffrey, uma família de classe média alta. Milton recebeu uma educação rigorosa em casa e frequentou a St. Paul's School em Londres, onde demonstrou talento precoce para a poesia e a escrita.

Mais tarde, Milton ingressou no Christ's College, na Universidade de Cambridge, onde estudou teologia, literatura clássica e línguas modernas
Durante seus estudos, ele aprofundou sua paixão pela poesia e desenvolveu um domínio excepcional do latim e do grego.


Após concluir seus estudos em Cambridge, Milton pretendia se tornar um clérigo, mas sua visão cada vez mais crítica em relação à Igreja da Inglaterra e sua rejeição ao episcopado estabelecido o levaram a abandonar esses planos. Em vez disso, ele decidiu dedicar-se à escrita e à defesa de suas convicções políticas e religiosas.

Milton se tornou um prolífico escritor, produzindo poesia, prosa política e teológica, além de seus famosos trabalhos épicos. Ele estava envolvido nas questões políticas e religiosas de seu tempo e foi um fervoroso defensor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa.

Durante a época da Guerra Civil Inglesa, Milton se posicionou ao lado dos puritanos e apoiou a causa parlamentar. Ele escreveu panfletos políticos, como "The Tenure of Kings and Magistrates" (A Tenure of Kings and Magistrates), defendendo a execução do rei Carlos I
Mais tarde, ele ocupou um cargo oficial no governo republicano de Oliver Cromwell.


Após a Restauração da monarquia, em 1660, Milton foi preso brevemente e suas obras políticas foram queimadas publicamente. No entanto, ele foi liberado e se dedicou à escrita de suas obras finais.

John Milton faleceu em 8 de novembro de 1674, em Londres. Sua contribuição para a literatura inglesa e seu legado como poeta e pensador político são amplamente reconhecidos. Ele é considerado um dos maiores escritores do século XVII e um dos mais importantes poetas da língua inglesa.



Quando foi escrito Paraíso Perdido de Jonh Milton? 

"Paraíso Perdido" foi escrito por John Milton e sua composição ocorreu entre os anos de 1658 e 1663. A obra foi publicada pela primeira vez em 1667.


Quais foram as inspirações de Jonh Milton? 


Milton encontrou inspiração em diversas fontes para a criação de seu épico. Uma das principais influências foi a narrativa bíblica do Gênesis, especificamente a história da criação do mundo, a queda de Lúcifer e a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden. Milton mergulhou profundamente nas escrituras sagradas, reinterpretando e expandindo os eventos e personagens para criar uma visão única e complexa.

Além disso, Milton também foi influenciado pelas obras clássicas da literatura greco-romana, como as epopeias de Homero e Virgílio. Ele incorporou elementos dessas tradições épicas em seu próprio estilo, criando uma mistura de mitologia clássica e cristianismo.

Outra inspiração para Milton foi o contexto histórico e político em que ele vivia. Durante o período da escrita de "Paraíso Perdido", a Inglaterra passava por uma época de grandes mudanças políticas e religiosas, incluindo a Guerra Civil Inglesa e a subsequente instauração do regime puritano sob Oliver Cromwell. A visão de Milton sobre o livre-arbítrio, a tirania e a liberdade religiosa encontram reflexo em sua obra.
Assim, Milton combinou elementos bíblicos, clássicos e políticos para criar uma narrativa rica e complexa que explora temas universais, como o bem e o mal, a queda e a redenção, a liberdade e a escolha humana.


Jonh Milton escreveu outros livros? 

Sim, John Milton escreveu várias outras obras além de "Paraíso Perdido". Ele foi um autor prolífico e suas contribuições para a literatura são significativas. Alguns de seus trabalhos mais conhecidos incluem:

"Paraíso Recuperado" (Paradise Regained): Publicado em 1671, é uma continuação de "Paraíso Perdido". Nesta obra, Milton retrata a tentação de Cristo no deserto e explora temas de redenção e resistência ao mal.

 Paradise Regained
                                  

"Samson Agonistes": Publicado em 1671, é um drama poético baseado na história bíblica de Sansão. O trabalho aborda questões de liberdade, obediência a Deus e resistência à opressão.

"Areopagitica": Publicado em 1644, é um discurso em forma de panfleto no qual Milton defende a liberdade de expressão e condena a censura.
 
Areopagitica


"Ode a Natividade": Um poema escrito em 1629, que celebra o nascimento de Jesus Cristo.

"Sonetos"
: Milton escreveu uma coleção de sonetos, que incluem reflexões sobre a política, a religião e a vida pessoal.


Essas são apenas algumas das obras mais conhecidas de John Milton. Ele também produziu diversos escritos políticos, religiosos e polêmicos ao longo de sua vida. Sua contribuição para a literatura inglesa é amplamente reconhecida e ele é considerado um dos maiores poetas da língua inglesa.



Trecho de Paraiso Perdido no qual o autor Jonh Milton descreve com maestria a queda de Lúcifer e seus asseclas

''Aspirando no Empíreo a ter assento
De seus iguais acima, destinara
Ombrear com Deus, se Deus se lhe opusesse,
E com tal ambição, com tal insânia,
Do Onipotente contra o Império e trono
Fez audaz e ímpio guerra, deu batalhas.
Mas da altura da abóbada celeste
Deus, coa mão cheia de fulmíneos dardos,
O arrojou de cabeça ao fundo Abismo,
Mar lúgubre de ruínas insondável,
A fim que atormentado ali vivesse
Com grilhões de diamante e intenso fogo
O que ousou desafiar em campo o Eterno.

Pelo espaço que abrange no orbe humano
Nove vezes o dia e nove a noite,
Ele com sua multidão horrenda,
A cair estiveram derrotados
Apesar de imortais, e confundidos
Rolaram nos cachões de um mar de fogo.
Sua condenação, porém, o guarda
Para mais fero horror: e vendo agora
Perdida a glória, perenal a pena,
Este duplo prospecto na alma o punge.

Lança em roda ele então os tristes olhos
Que imensa dor e desalento atestam,
Soberba empedernida, ódio constante:
Eis quando de improviso vê, contempla,
Tão longe como os anjos ver costumam,
A terrível mansão, torva, espantosa,
Prisão de horror que imensa se arredonda
Ardendo como amplíssima fornalha.
Mas luz nenhuma dessas flamas se ergue;
Vertem somente escuridão visível
Que baste a pôr patente o hórrido quadro
Destas regiões de dor, medonhas trevas
Onde o repouso e a paz morar não podem,
Onde a esperança, que preside a tudo,
Nem sequer se lobriga: os desgraçados
Interminável aflição lacera
E de fogo um dilúvio alimentado
De enxofre abrasador, inconsumptível.

A justiça eternal tinha disposto
Para aqueles rebeldes este sítio:
Ali foram nas trevas exteriores
Seu cárcere e recinto colocados,
Longe do excelso Deus, da luz empírea,
Distância tripla da que os homens julgam
Do centro do orbe à abóbada estrelada.
Oh! como esse lugar, onde ora penam,
É diverso do Céu donde caíram!

Logo o monstro descobre a turba vasta
Dos tristes que na queda tem por sócios
Arfando em tempestuosos torvelinos
Do undoso lume que hórrido os flagela.
Próximo dele ali coas vagas luta
O anjo, imediato seu em mando e crimes,
Que foi chamado nas vindouras eras
Belzebu, nome à Palestina grato.

Então o arqu’inimigo, que no Empíreo
Foi chamado Satã desde esse tempo,
O silêncio horroroso enfim quebrando,
Nesta frase arrogante assim lhe fala:

“És tu, arcanjo herói! Mas em que abismo
Te puderam lançar! Como diferes
Do que eras lá da luz nos faustos reinos,
Onde, sobre miríades brilhantes,
Em posto tão subido fulguravas!
Mútua liga, conselhos, planos mútuos,
Esperanças iguais, iguais perigos
Uniram-nos na empresa de alta glória;
Mas agora a desgraça nos ajunta
Deste horrível estrago nos tormentos!
Caídos de que altura e em qual abismo
Nos achamos aqui tão derrotados!
Co’os raios tanto pôde o que é mais forte.
Té’gora quem sabia ou suspeitava
Dessas armas cruéis a valentia?




 

quarta-feira, 29 de março de 2023

Raul Seixas - Metamorfose Ambulante ,Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer - Autor Sylvio Passos Editora B&A - 256 páginas

 O autor desse livro sobre Raul Seixas, Sylvio Passos, escreve já nas primeiras páginas de apresentação, de que queria fazer algo a mais pelo legado de Raul e afirmava que a verdadeira obra de Raul ainda não havia sido contada e que as pessoas que propuseram a fazer não foram fundos o suficiente para desvendar os pensamentos, o que o motivava, suas crenças de fato suas posições sociais e políticas, sua família suas alegrias e suas frustações, enfim, mergulhar na vida e história de Raul que não vieram ao grande publico e descortina-la de vez.


Raul deixou dicas, pois guardava tudo o que produzia. Essa produção está comigo. RAUL SEIXAS - METAMORFOSE AMBULANTE VIDA, ALGUMA COISA ACONTECE.MORTE, ALGUMA COISA PODE ACONTECER pag.07

O autor Sylvio Passos era amigo pessoal de Raul e abre tudo sobre Raul nesse livro sensacional e essencial para se conhecer Raul, o artista e além do artista. Livro de 256 páginas e de fácil leitura devido a forma como escrito e montado, sem rodeios e mira direto e reto no que se propõe os segredos e vida mais do que intima do maluco beleza.

O fã conhece apenas a ponta do iceberg - Sylvio Passos
Nesse livro você descobrira o envolvimento de Raul com a filosofia, principalmente com o alemão Arthur Schopenhauer e as influencias em suas musicas mais famosas como o ocultista Aleister Crowley,Paulo Coelho,Marcelo Nova entre outros tantos malucos por ai.

Então bora para a resenha e algumas curiosidades desse imperdível livro sobre o Rauzito.

TOCA RAUL!!!

O livro "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" de Sylvio Passos é uma biografia não autorizada sobre a vida do cantor e compositor Raul Seixas, uma das maiores personalidades do rock brasileiro.

O autor retrata a trajetória de Raul Seixas desde a infância em Salvador, passando pelos anos de adolescência e a formação da primeira banda, até o sucesso nacional na década de 1970 e sua morte prematura em 1989.

A obra aborda aspectos da vida pessoal e profissional de Raul, como sua relação com as drogas, o alcoolismo, a família, os amigos e a carreira musical

A obra traz também detalhes sobre a personalidade de Raul, suas ideias, sua espiritualidade e sua relação com a sociedade e com a música brasileira. O livro é composto por depoimentos de pessoas próximas a Raul, como familiares, amigos e parceiros musicais, além de trechos de entrevistas e artigos escritos pelo próprio músico.

Além disso, o livro apresenta detalhes sobre a produção musical de Raul, incluindo histórias por trás de algumas de suas músicas mais famosas, como "Ouro de Tolo", "Metamorfose Ambulante" e "Maluco Beleza". A obra também discute os altos e baixos da carreira de Raul, suas parcerias musicais influencias que são muitas.

Como tal, o livro apresenta uma série de personalidades e pessoas  ligadas à vida e obra de Raul Seixas, incluindo:

Paulo Coelho: escritor brasileiro e parceiro de composição de Raul Seixas em algumas de suas músicas mais famosas, como "Gita" e "Al Capone".

Na página 130, há uma citação de Raul Seixas sobre Paulo Coelho: "O Paulo é um grande amigo meu, e foi ele quem me ensinou a usar o I Ching. Ele é um dos poucos que sabe fazer a coisa direito."

Na página 165
, o autor descreve como Paulo Coelho ajudou Raul Seixas a encontrar uma editora para publicar seu livro "O Carimbador Maluco": "Paulo Coelho, que havia publicado seu próprio livro 'O Manual Prático do Vampirismo', sugeriu que Raul procurasse sua editora, a Brasiliense."

Na página 180, é mencionado que Raul Seixas e Paulo Coelho se encontraram novamente em 1984, após anos de separação: "No final do ano, Raul reencontrou Paulo Coelho, que estava em São Paulo para uma temporada de palestras. Os dois se abraçaram, conversaram sobre o passado e trocaram presentes."

Na página 233, o autor conta que Paulo Coelho ajudou Raul Seixas a escrever uma canção: "Paulo Coelho sugeriu que Raul escrevesse uma canção sobre o 'caos', e deu a ele algumas ideias para a letra. O resultado foi a música 'Carpinteiro do Universo'."
Raul Seixas e Paulo Coelho
Esses são apenas alguns exemplos de como Paulo Coelho é mencionado no livro de Sylvio Passos sobre Raul Seixas. Há muitas outras referências ao longo do livro, que podem ser interessantes para quem quer saber mais sobre a relação entre esses dois artistas brasileiros.

Marcelo Nova: cantor e compositor brasileiro, amigo próximo e colaborador de Raul Seixas em vários projetos musicais.

Marcelo Nova e Raul Seixas

Jerry Adriani: cantor brasileiro que gravou várias músicas de Raul Seixas e o ajudou a alcançar a fama nos anos 70.


Jerry Adriani e Raul Seixas


Kika Seixas: segunda esposa de Raul Seixas e mãe de seu filho, Sergio.

Raul Seixas e Kika Seixas



Cláudio Roberto: poeta e parceiro de composição de Raul Seixas em várias músicas, incluindo "Sociedade Alternativa".


Raul Seixas e Claudio Roberto


Aleister Crowley: Raul Seixas era um grande admirador do ocultista britânico Aleister Crowley, e algumas referências a ele são feitas no livro "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" de Sylvio Passos. A seguir, descrevo alguns trechos do livro em que Crowley é mencionado:

Na página 73, o livro relata como Raul Seixas ficou fascinado por Aleister Crowley depois de ler um livro sobre ele. O livro descreve como Raul começou a estudar as obras de Crowley e a incorporar alguns de seus ensinamentos em sua música e em sua vida pessoal.

 Na página 78, o livro menciona como Raul Seixas via Aleister Crowley como uma figura revolucionária que se opunha aos valores conservadores da sociedade. O livro descreve como Raul achava que Crowley tinha algo a ensinar para a juventude da época, que buscava novas formas de pensar e agir.

Na página 82, o livro fala sobre como Raul Seixas compôs a música "Sociedade Alternativa" baseado nas ideias de Aleister Crowley e de outros pensadores que pregavam a libertação dos padrões sociais. O livro cita um trecho da letra da música que faz referência direta a Crowley: "Só não se esqueça, quem não pode com mandamentos, deve se matar de vez, adeus Crowley, eu vou prá Javé".

Na página 88, o livro descreve como Raul Seixas via Aleister Crowley como uma figura controversa, que despertava tanto admiração quanto repulsa em muitas pessoas. O livro cita uma frase de Raul em que ele dizia: "Eu não sigo Crowley como um fanático. Eu não sou Crowley. Sou eu mesmo, e isso é muito difícil".

Na página 176, o livro fala sobre como Raul Seixas usava alguns símbolos associados a Aleister Crowley em sua música e em sua iconografia pessoal. O livro menciona, por exemplo, o "olho que tudo vê", que aparece na capa do álbum "Gita" e que é um dos símbolos mais conhecidos da filosofia de Crowley.

Aleister Crowley

É importante lembrar que esses são apenas alguns exemplos de trechos do livro que mencionam Aleister Crowley. O livro de Sylvio Passos é uma biografia detalhada de Raul Seixas, e outros trechos podem ser encontrados ao longo de suas páginas.

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 Arthur Schopennhauer

Arthur Schopenhauer é um filósofo alemão que influenciou o pensamento de Raul Seixas, e algumas referências a ele são feitas no livro "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" de Sylvio Passos. A seguir, descrevo alguns trechos do livro em que Schopenhauer é mencionado:

Na página 56, o livro relata como Raul Seixas ficou fascinado pela filosofia de Arthur Schopenhauer depois de ler seu livro "O Mundo como Vontade e Representação". O livro descreve como Raul começou a incorporar as ideias de Schopenhauer em sua música e em sua vida pessoal, e como isso se refletiu em sua postura crítica em relação à sociedade.

Na página 61, o livro menciona como Raul Seixas via Schopenhauer como um filósofo que enxergava a vida de forma pessimista, mas que ao mesmo tempo propunha uma forma de superação dessa visão negativa. O livro descreve como Raul achava que Schopenhauer tinha algo a ensinar para a juventude da época, que buscava novas formas de pensar e agir.

Na página 79, o livro fala sobre como Raul Seixas compôs a música "Eu sou egoísta" baseado nas ideias de Schopenhauer sobre a vontade de viver e sobre a necessidade de cada indivíduo colocar seus interesses acima dos interesses coletivos. O livro cita um trecho da letra da música que faz referência direta a Schopenhauer: "Eu sou egoísta, eu sou mal, eu sou a mosca na sopa do seu mingau, eu sou o mundo, sou o sol, sou o mar, sou o céu, eu sou o ar, como dizia o Schopenhauer".

Na página 88, o livro descreve como Raul Seixas via Schopenhauer como um filósofo que tinha uma visão clara sobre a natureza humana e sobre as forças que movem o mundo. O livro cita uma frase de Raul em que ele dizia: "Schopenhauer era um cara muito realista. Ele falava da vida como ela é, sem rodeios".

Na página 163, o livro fala sobre como Raul Seixas usava algumas frases de Schopenhauer em suas músicas e em sua iconografia pessoal. O livro menciona, por exemplo, a frase "A música é a linguagem universal da humanidade", que é atribuída a Schopenhauer e que Raul usou em algumas de suas apresentações ao vivo.

Arthur Schopenhauer

Cabe ressaltar que esses são apenas alguns exemplos de trechos do livro que mencionam Arthur Schopenhauer. O livro de Sylvio Passos é uma biografia detalhada de Raul Seixas, e outros trechos podem ser encontrados ao longo de suas páginas.

Em resumo, "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, Vida Alguma Coisa Acontece, Morte Alguma Coisa Pode Acontecer" é uma leitura indispensável para os fãs de Raul Seixas e para aqueles interessados em conhecer mais sobre a cultura e a música brasileira da década de 1970.

E continuamos pedindo ...TOCA RAUL


Sobre o autor:

Sylvio Passos é um escritor, jornalista e pesquisador brasileiro, conhecido por seu trabalho como biógrafo de Raul Seixas, um dos maiores ícones da música brasileira.

Sylvio Passos nasceu em Salvador, Bahia, em 1961. Desde jovem, ele era um grande fã de Raul Seixas, e passou a dedicar sua vida a estudar e pesquisar sobre a obra e a vida do cantor e compositor.

Em 1989, Passos publicou seu primeiro livro sobre Raul Seixas, intitulado "O Trem das Sete: A Vida de Raul Seixas". O livro foi um grande sucesso e se tornou uma referência para fãs e estudiosos da obra de Raul Seixas.

Desde então, Sylvio Passos escreveu outras obras sobre Raul Seixas, incluindo "Não diga que a canção está perdida: Raul Seixas, o trovador solitário" (2003) e "Raul Seixas: Por trás das canções" (2014). Ele também escreveu sobre outros ícones da música brasileira, como Gilberto Gil e Tim Maia.

Além de sua carreira como escritor e pesquisador, Sylvio Passos também trabalhou como jornalista em diversos veículos de comunicação, como a revista IstoÉ e o jornal O Globo.

Em resumo, Sylvio Passos é um dos principais estudiosos da obra e da vida de Raul Seixas, e suas obras são consideradas referências importantes para quem quer conhecer melhor a trajetória do cantor e compositor brasileiro.

Amigos Sylvio Passos e Raul Seixas





terça-feira, 28 de março de 2023

Vittorio o Vampiro - Autora Anne Rice - Editora Rocco - 208 páginas



Esse livro é para quem é fã dos vampiros de Anne Rice, como também quem ainda  nunca leu nada da autora, pois é um livro independente que não se liga com outros personagens de suas crônicas vampirescas.

Já li outros livros sobre vampiros de Anne Rice e esse é sensacional, um terror visceral em todos os sentidos o único defeito desse livro é que ele acabara tão rápido que você desejara por  mais sangue


"Vittorio, o Vampiro" é um romance gótico escrito pela autora americana Anne Rice, publicado em 1999.

 A história se passa na Itália renascentista e segue a vida de Vittorio di Raniari, um jovem aristocrata que se torna vampiro com apenas dezesseis anos de idade após uma terrível tragédia.

Vittorio cresceu em uma família rica e privilegiada em Florença, onde seu amor pela arte e beleza era sua maior paixão. No entanto, sua vida muda drasticamente quando ele testemunha a morte brutal de sua família nas mãos de vampiros sanguinários.

Determinado a vingar a morte de sua família, Vittorio se alia com um grupo de caçadores de vampiros e, em uma batalha sangrenta, consegue matar os vampiros responsáveis pela morte de seus entes queridos. No entanto, sua vitória é efêmera, pois a líder dos vampiros, conhecido como Ursula, se apaixona por Vittorio e o transforma em um deles.

Assim começa a jornada de Vittorio como um vampiro, tentando conciliar sua nova vida imortal com suas paixões e suas memórias do passado. Ele se vê dividido entre o amor de Ursula, sua sede de vingança e sua admiração pela beleza do mundo natural.

Com uma prosa lírica e detalhada da cidade de Florença que o leitor se pega sentido os odores do local assim como outros sentidos são aguçados  tamanha é a competência de Anne Rice na escrita desse livro.

Anne Rice cria um mundo vívido e atmosférico, cheio de emoções e conflitos que exploram a condição humana e a natureza do bem e do mal. "Vittorio, o Vampiro" é um livro fascinante que agrada tanto fãs de Anne Rice quanto leitores que buscam uma história de fantasia e suspense e um dos melhores de sua carreira.
 

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CURIOSIDADES:

Sobre o livro ''Vittorio o Vampiro''

Segundo entrevistas com a autora Anne Rice, "Vittorio, o Vampiro" foi inspirado em sua própria fascinação pela arte e pela cultura renascentista da Itália, bem como em seu amor pela literatura de terror gótico.

Rice passou um tempo na Itália, estudando a arte renascentista e visitando locais históricos, como a cidade de Florença, onde a história se passa. Ela também é conhecida por ser uma grande fã do escritor italiano Dante Alighieri, e é possível que sua obra literária tenha influenciado a escrita de "Vittorio, o Vampiro".

Representação artista de Dante Alighieri

Além disso, Rice tem um interesse duradouro em histórias sobre vampiros, e já escreveu várias obras sobre o tema. Seu trabalho é frequentemente associado com o estilo de terror gótico, que se caracteriza por uma atmosfera sombria, personagens complexos e uma ênfase em elementos como a morte, a decadência e o sobrenatural.

Dessa forma, é provável que a combinação de seus interesses em arte, cultura e literatura tenham sido os principais elementos que inspiraram a escrita de "Vittorio, o Vampiro".

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Sobre a autora:

Anne Rice é uma escritora americana nascida em Nova Orleans em 4 de outubro de 1941 e faleceu no dia 11 de dezembro de 2021. Ela é conhecida por seus livros de terror gótico e fantasia, incluindo a famosa série "Crônicas Vampirescas".

Anne Rice

Rice começou sua carreira escrevendo livros sobre questões religiosas e existenciais, mas foi com a publicação de "Entrevista com o Vampiro" em 1976 que ela se tornou uma autora famosa. O livro foi o primeiro da série "Crônicas Vampirescas", que incluiu vários outros títulos populares, como "O Vampiro Lestat", "A Rainha dos Condenados" , "A Hora das Bruxas" o polêmico e blasfemo ''Memnoch'' entre tantos outros.

Os livros de Rice são conhecidos por explorarem temas de sexualidade, espiritualidade e imortalidade, bem como por seus personagens complexos e sombrios. Muitos de seus personagens são vampiros, mas Rice também escreveu sobre outras criaturas sobrenaturais, como bruxas, lobisomens e fantasmas.

Livro Entrevista com o Vampiro


Livro O Vampiro Lestat


Livro A Rainha dos Condenados


Livro Memnoch


Livro  A Hora das Bruxas

Além de suas obras de ficção, Rice também escreveu livros de não-ficção, incluindo "Called Out of Darkness" e "Christ the Lord: Out of Egypt", que exploram questões religiosas e espirituais de uma perspectiva pessoal.

Livro Called out Darkeness

Livro Christ The Lord Out Of Egypt

Anne Rice é considerada uma das autoras mais influentes do gênero de terror gótico e suas obras inspiraram muitos outros autores e cineastas. 


Hans Staden: A Verdadeira História dos Selvagens Nus e Ferozes Devoradores de Homens - Autor Hans Staden - Editora Dantes - 190 páginas




"Hans Staden: A Verdadeira História dos Selvagens Nus e Ferozes Devoradores de Homens" é um relato autobiográfico escrito por Hans Staden, um aventureiro alemão do século XVI que viajou ao Brasil em duas ocasiões.

Esse livro é uma baita aula de historia sobre o inicio de nossa colonização e dos povos que aqui já viviam a séculos antes de qualquer cidadão do tal novo mundo pisotear por aqui, e bem lá no comecinho entre 1548 e 1550 haviam não apenas os saqueadores portugueses mais em tamanha proporção também franceses, holandeses e também alemães, mas todos já sabemos por quem no final das contas fomos colonizados ,o que ficará para discussão em outras resenhas de livros sobre a nossa colonização.

Hans Staden esteve no Brasil duas vezes, a primeira viagem ocorreu em 1548 como integrante de uma expedição da Companhia de Flandres. Ele desembarcou no litoral do que hoje é o estado do Espírito Santo e seguiu para São Vicente, em São Paulo, onde passou algum tempo antes de continuar sua jornada.

A segunda viagem de Staden ao Brasil ocorreu em 1550, quando ele foi contratado como artilheiro para uma expedição portuguesa. Nessa viagem, ele naufragou na costa de São Paulo e foi capturado pelos índios tupinambás, com quem viveu por nove meses.

Durante suas duas viagens ao Brasil, Staden visitou várias outras cidades e regiões,incluindo o Rio de Janeiro, a Ilha Grande, a Ilha de São Sebastião, Bertioga e a região do Rio Paraíba do Sul.


O livro relata suas experiências em terras brasileiras, incluindo seu naufrágio na costa de São Paulo, sua captura pelos índios tupinambás e sua convivência com eles por nove meses.  

Staden descreve em detalhes a cultura e o modo de vida dos índios, incluindo suas práticas religiosas, costumes e rituais. Ele também descreve a prática dos tupinambás de canibalismo, em que os índios devoravam seus inimigos como uma forma de vingança e de obter poder.

Durante sua estadia com os tupinambás, Staden viveu momentos de tensão e medo, temendo por sua própria vida. No entanto, ele conseguiu ganhar a confiança dos índios e se tornou um dos poucos europeus a sobreviver a uma experiência como essa.

Hans Staden descreveu vários aspectos da cultura e dos costumes dos índios tupinambás em seu relato.

Alguns dos principais costumes relatados por Staden incluem:

Canibalismo: Staden descreveu que os tupinambás praticavam o canibalismo como uma forma de vingança contra seus inimigos e de obter poder. Os índios acreditavam que, ao devorar a carne de um inimigo, adquiriam suas qualidades e poderes. Staden testemunhou várias ocasiões em que os tupinambás comeram a carne de seus inimigos.


Pintura baseado no relato de Hans Standen

Pintura baseado no relato de Hans Standen



Tatuagem: Staden observou que os tupinambás tinham o hábito de se tatuar. Eles usavam agulhas feitas de espinhos de peixe e tinta preta para desenhar padrões geométricos em seus corpos.

Pintura baseado no relato de Hans Standen

Religião: Os tupinambás acreditavam em vários deuses e espíritos. Eles faziam oferendas e rituais para agradar essas divindades, que eram responsáveis por controlar a natureza e proteger a tribo.

Pintura baseado no relato de Hans Standen


Alimentação: Os tupinambás eram principalmente caçadores e coletores. Eles caçavam animais como antas, veados e macacos, além de pescar e coletar frutas e raízes na floresta.

Pintura baseado no relato de Hans Standen


Sexualidade: Staden descreveu que os tupinambás tinham uma atitude bastante liberal em relação à sexualidade. As mulheres eram livres para escolher seus parceiros e podiam ter relações sexuais com vários homens. 

Guerra: Os tupinambás eram um povo guerreiro e lutavam contra outras tribos para capturar prisioneiros. Esses prisioneiros eram levados para as aldeias tupinambás, onde eram sacrificados e, muitas vezes, comidos. A guerra era uma forma importante de obter prestígio e poder dentro da tribo.

Pintura baseado no relato de Hans Standen

O livro é considerado um importante registro histórico do século XVI, fornecendo informações sobre a cultura e as práticas dos índios tupinambás, além de ser um dos primeiros relatos europeus sobre o Brasil. No entanto, a obra também é criticada por sua descrição etnocêntrica e exótica dos índios e por sua glorificação da superioridade cultural europeia sobre as culturas nativas.

CURIOSIDADES:

Hans Staden (c. 1525 - c. 1576) foi um aventureiro, mercenário e escritor alemão do século XVI. Ele é conhecido principalmente por seu relato autobiográfico intitulado "Wahrhaftige Historia und Beschreibung eyner Landtschafft der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser Leuthen, in der Newenwelt America gelegen" ("A verdadeira história e descrição de uma terra habitada por selvagens nus, ferozes devoradores de homens), localizada no Novo Mundo da América"), publicado pela primeira vez em 1557.

Staden nasceu em Homberg, na região de Hessen, na Alemanha, e trabalhou inicialmente como açougueiro e mercador. Em 1548, ele viajou para o Brasil como membro de uma expedição da Companhia de Flandres. Em 1550, ele retornou ao Brasil como artilheiro em uma expedição portuguesa. Durante essa segunda viagem, ele naufragou na costa de São Paulo e foi capturado pelos índios tupinambás, com quem viveu por nove meses antes de escapar e retornar para a Europa.

O relato de Staden sobre sua experiência entre os tupinambás é um dos primeiros registros escritos sobre a cultura e a sociedade dos índios brasileiros. No entanto, seu relato também é criticado por seu sensacionalismo e pela maneira como retrata os índios como selvagens e bárbaros. Além de sua obra sobre o Brasil, Staden escreveu outros relatos de suas viagens e aventuras, incluindo um relato de uma expedição à África em 1568.

SABIAM QUE AINDA HOJE OS INDIOS TUPINAMBÁ AINDA RESISTEME E EXISTEM?

Os Tupinambá de Olivença vivem na região de Mata Atlântica, no sul da Bahia. Sua área situa-se a 10 quilômetros ao norte da cidade de Ilhéus e se estende da costa marítima da vila de Olivença até a Serra das Trempes e a Serra do Padeiro.

A vila hoje conhecida como Olivença é o local onde, em 1680, foi fundado por missionários jesuítas um aldeamento indígena. Desde então, os Tupinambá residem no território que circunda a vila, nas proximidades do curso de vários rios, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica, Santaninha e Una. Tupinambá de Olivença - Povos Indígenas no Brasil (socioambiental.org)



Os indígenas Tupinambá tambem habitam a Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, em Santarém, no oeste do Pará Indígenas Tupinambá do Baixo Tapajós acumulam incertezas na pandemia - Amazônia Real (amazoniareal.com.br)

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segunda-feira, 27 de março de 2023

Este Mundo Tenebroso - Autor Frank E.Peretti - Editora Vida - 492 páginas

 


No inicio dos anos 2000,um conhecido que trabalhava comigo, não me recordo o seu nome mas recordo claramente que ele que havia indicado esse livro.

Esse conhecido de trabalho era evangélico e sabendo do meu gosto pela leitura, falou  que havia um livro ''cristão'' de terror, em que os humanos no campo mundano se gladiavam entre mentiras, invejas, bondades, orações entre outros e que esses duelos na terra entre a bondade e maldade humana deflagravam grandes batalhas no mundo espiritual ,e essa guerra invisível aos olhos humanos se dava entre anjos e demônios de todos os tipos e nesse mundo etéreo não havia espaço para diálogos entre esses seres e sim confrontos violentos com as mais diferentes armas com ganchos garras, escudos e espadas flamejantes.

Eu disse ''Isso pode ser muito interessante'' e comprei o livro no ano de 2002 e realmente, podemos considera-lo como um ''terror cristão'' tanto pela sua temática cristã quantos a descrição dos demônios em suas batalhas, esse  livro era ''Este Mundo Tenebroso'' do autor Frank E.Peretti


"Este Mundo Tenebroso" é um livro de suspense e ficção cristã escrito por Frank E. Peretti e publicado em 1986. A história se passa em uma pequena cidade chamada Ashton, onde estranhos acontecimentos começam a ocorrer.

A trama gira em torno de um jovem casal, Sally e Michael, que se mudam para Ashton em busca de uma vida tranquila e simples. No entanto, eles logo descobrem que a cidade é governada por forças malignas e sobrenaturais que têm como objetivo controlar e manipular a população.

Os personagens principais incluem Sally e Michael, bem como outros residentes da cidade, como o pastor Hank Busche, que lidera a luta contra as forças do mal, e o prefeito da cidade, que é um dos líderes da conspiração maligna.

À medida que a história se desenrola, Sally e Michael descobrem que a cidade está sendo controlada por demônios que estão determinados a destruir a fé e a esperança das pessoas. Com a ajuda de Hank e outros aliados, eles lutam contra as forças do mal e tentam expor a verdade por trás dos eventos estranhos em Ashton.

E as batalhas que os homens não enxergam são os pontos altos do livro, com descrições horrendas dos demônios denotando uma ameaça tão grande até para os anjos com suas armaduras e armas angelicais preparados para a guerra e pau come solto no mundo espiritual.

O autor sendo um cristão fervoroso na vida real acaba por vezes incomodando com o seu ponto de vista ''cristã'' do mundo real, sendo um pouco prepotente e pretencioso com sua visão de mundo e essa radicalização em relação ao que os ''cristãos' e ''evangélicos'' pensam me incomodam muito e não é de hoje ,sempre achei perigoso esses pontos de vistas com certa ignorância, vou  apontar  alguns pequenos pontos do livro que corrobora com meu ponto de vista.Em certos trechos do livro o autor deixa claro quando um mulher atraente e muito bonita joga um charme para um dos personagens masculinos, o demônio esta grudado nela e o anjo no homem com uma alusão direta a tentação da carne que apenas as mulheres tentam os homens, enquanto isso o demônio da mulher e o anjo do homem descem porrada um no outro no mundo espiritual.
Outro exemplo também ocorre, quando o protagonista com o seu anjo no meio da investigação, os levam ate uma lan house, que no livro se descreve como uma casa de fliperamas e jogos eletrônico ,onde os jovens se reúnem em grandes grupos para jogarem e se divertirem, e quando o protagonista entra seu anjo fica do lado de fora e não quer entrar, pois o local esta infestado de demônios das mais diversas espécies entendendo que para cada jovem dentro daquela casa de jogos havia um demônio seu particular. É uma muita pretensão do autor apontar quem tem demônios em sua volta e quem tem anjo, mas tive que me despir dessa pretensão babaca do autor para seguir em frente com a leitura.

Por falar em anjos e demônios ,alguns famosos são citados no livro, aqui estão alguns dos personagens mais notáveis:

Rafael: um anjo que desce à Terra para ajudar na luta contra as forças das trevas. Ele é descrito como um guerreiro corajoso e leal, disposto a sacrificar tudo para proteger os inocentes.

Bernardo: um anjo caído que se aliou aos demônios e agora luta do lado oposto de Rafael. Ele é descrito como um personagem astuto e manipulador, capaz de enganar os humanos para alcançar seus objetivos.

Tom Newman: um homem com habilidades sobrenaturais que o levam a se envolver na luta contra as forças das trevas. Ele é guiado por Rafael e usa suas habilidades para ajudar a proteger sua comunidade.

Lester: um demônio cruel que lidera a luta contra os humanos e os anjos. Ele é descrito como um ser implacável e sádico, que não tem piedade dos fracos.

Asmodeu: um demônio que possui um dos personagens humanos do livro, usando-o como um meio de se infiltrar na comunidade humana. Ele é descrito como um ser astuto e manipulador, que usa suas habilidades para enganar e confundir seus adversários.

Esses são apenas alguns dos personagens sobrenaturais presentes em "Este Mundo Tenebroso". Cada um deles tem suas próprias habilidades e personalidades únicas, o que torna a história ainda mais intrigante e imprevisível.



E retirando alguns tropeços de opinião do autor"Este Mundo Tenebroso" é uma obra literária fascinante que mergulha o leitor em um mundo sobrenatural repleto de mistérios e forças ocultas ,ele  apresenta uma experiência de leitura emocionante e envolvente, que leva o leitor a questionar o que realmente existe além do mundo que conhecemos.
Com uma narrativa empolgante e personagens cativantes, "Este Mundo Tenebroso" é uma leitura imperdível para quem ama o gênero sobrenatural e deseja se envolver em uma trama repleta de suspense e mistério. Prepare-se para mergulhar em um mundo sombrio e cheio de reviravoltas, onde nada é o que parece e o perigo espreita em cada esquina.

CURIOSIDADES:

Sobre o autor

Frank E. Peretti é um escritor cristão americano nascido em 1951 em Alberta, no Canadá. Ele é conhecido por seus romances de suspense e terror cristão, que muitas vezes apresentam elementos sobrenaturais e batalhas espirituais.

Frank E.Peretti


Peretti é autor de vários best-sellers, incluindo "Este Mundo Tenebroso", "O Pacto" , "O Profeta" e ''O Convite''. Seus livros frequentemente exploram temas relacionados à fé cristã, como o poder da oração, a luta contra o mal e a importância da crença em Deus.


Livro O Profeta
Livro O Pacto


Livro O Convite

Antes de se tornar um escritor em tempo integral, Peretti trabalhou como músico e professor. Ele estudou música na Universidade de Boise State e posteriormente ensinou em escolas públicas em Washington e Montana. Durante seu tempo como professor, Peretti começou a escrever histórias e músicas cristãs para jovens, e logo se tornou conhecido por sua habilidade em criar histórias cativantes com temas bíblicos.

Peretti também é conhecido por seu envolvimento na indústria cristã de entretenimento, tendo co-fundado a Christian Television Network   e trabalhado em vários projetos de filmes e música cristã.

Christian Television Network



Em resumo, Frank E. Peretti é um escritor cristão americano conhecido por seus romances de suspense e terror cristão, que frequentemente exploram temas relacionados à fé cristã.